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sábado, 14 de dezembro de 2013

DOGMA (III)

Credo do Concílio de Trento, apresentado sem alteração na linguagem.

Eu N. creio firmemente e confesso tudo o que contêm o Símbolo da fé usado pela Santa Igreja Romana, a saber:
Creio em um Deus, Pai Onipotente, Criador do céu e da terra e de todas as coisas, visíveis e invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos; é Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeira do Deus verdadeiro; é gerado, não feito; consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas.
O qual, por amor de nós homens e pela nossa salvação, desceu dos céus. E se encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, se fez homem.
Foi também crucificado por nossa causa; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos e foi sepultado. E ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E subiu ao céu, está sentado à mão direita de Deus Pai. E pela segunda vez há de vir com majestade a julgar os vivos e os mortos. E o seu reino não terá fim. E [creio] no Espírito Santo, [que também é] Senhor e Vivificador, o qual procede do Pai e do Filho. O qual, com o Pai e o Filho, é juntamente adorado e glorificado, e foi quem falou pelo profetas.
E [creio] na Igreja, que é una, santa, católica e apostólica.
Confesso um só batismo para remissão dos pecados. E aguardo a ressurreição dos mortos e a vida da eternidade. Assim seja.
Aceito e abraço firmemente as tradições apostólicas e eclesiásticas, bem como as demais observâncias e constituições da mesma Igreja.
Admito também a Sagrada Escritura naquele sentido em é interpretada pela Santa Madre Igreja, a quem pertence julgar sobre o verdadeira sentido e senão conforme o consenso unânime dos Padres.
Confesso também que são sete os verdadeiros e próprios sacramentos da Nova lei, instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo, embora nem todos para cada um necessários, porém para a salvação do gênero humano.
São eles: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-Unção, Ordem e Matrimônio, o quais conferem a graça; mas não sem sacrilégio se fará a reiteração do Batismo, da Confirmação e da Ordem.
Da mesma forma aceito e admito os ritos da Igreja Católica recebidos e aprovados para a administração solenes dos todos supracitados sacramentos.
Abraço e recebo tudo o que foi definido e declarado no Concílio de Tridentino sobre o pecado original e justificação.
Confesso outrossim que na Missa se oferece a Deus um sacrifício verdadeiro, próprio e propiciatório pelos vivos e defuntos, e que no santo sacramento da Eucaristia estão verdadeira, real e substancialmente o Corpo e o Sangue com alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, operando-se a conversão de toda a substância do pão no corpo, e de toda a substância do vinho no sangue; conversão esta chamada pela Igreja de transubstanciação.
Confesso também que sob uma só espécie se recebe o Cristo todo inteiro e como verdadeiro sacramento.
Sustento sempre que há um purgatório, e que as almas aí retidas podem ser socorridas pelos sufrágios dos fiéis. 
Que os Santos, que reinam com Cristo, também devem ser invocados; que eles oferecem suas orações por nós, e que suas relíquias devem ser veneradas. Firmemente declaro que se devem ter e conservar as imagens de Cristo, da sempre Virgem Mãe de Deus, como também as dos outros Santos, e a eles se deve hora e veneração.
Sustento que o poder de conceder indulgências foi deixado por Cristo à Igreja, e que o seu uso é muito salutar para os fiéis cristãos.
Reconheço a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, como Mestra e Mãe de todas as Igreja.
Prometo e juro prestar verdadeira obediência ao Romano Pontífice, Sucessor de S. Pedro, Príncipe dos Apóstolos e Vigário de Jesus Cristo.
Da mesma forma aceito e confesso indubitavelmente tudo o mais que foi determinado, definido e declarado pelos sagrados cânones, pelo Concílios, Ecumênicos, especialmente pelo santo Concílio Tridentino.
Condeno ao mesmo tempo, rejeito e anatematizo as doutrinas contrárias e todas as heresias condenadas, rejeitadas e anatematizadas pela Igreja.
Eu mesmo, N., prometo e juro com o auxílio de Deus conservar e professar integra e imaculada até ao fim de minha vida esta verdeira fé católica, fora da qual não pode haver salvação, e que agora livremente professo. E quanto em mim estiver, cuidarei que seja mantida, ensinada e pregada a meus súditos ou àqueles, cujo cuidado por ofício me foi confiado. Que para isto me ajudem Deus e estes santos Evangelhos!

Fonte: Livro Derradeiro combate do demônio
Pe. Paul Kramer